Diz que uma moça foi assassinada e enterrada na estrada de São Paulo, em baixo de uma ficheira, perto da ponte do Piracicamirim. E ninguém sabia de nada; a família tinha ela por sumida.
Todos os dia, à meia-noite, ela diz que aparecia no parque da Escola Agrícola, vestida de noiva, e tocava o sino de entrada de serviço dos empregados.
Todos os guardas-noturnos da escola chegaram a ver ela, que ficava o tempo todo passeando no parque. Só um, mais corajoso, chegou perto dela e perguntou o que que ela queria.
Ela, então, disse para ele:Todos os dia, à meia-noite, ela diz que aparecia no parque da Escola Agrícola, vestida de noiva, e tocava o sino de entrada de serviço dos empregados.
Todos os guardas-noturnos da escola chegaram a ver ela, que ficava o tempo todo passeando no parque. Só um, mais corajoso, chegou perto dela e perguntou o que que ela queria.
- Fui morta e enterrada aqui perto. Quero que o senhor diga aos estudantes que desenterrem o meu corpo e levem no cemitério, que eu quero descansar num lugar santo.
O guarda contou pros estudantes e eles foram até na ficheira. Cavaram e acharam ali a ossada e mandaram ela pro cemitério.
A moça, então, deixou de aparecer.
(Benedito Ferraz)
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